terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Aprendendo com o Natal
Quem vai pra cozinha preparar a ceia? Quem coloca a mesa? Lava os pratos no final? Os presentes serão abertos antes ou depois da ceia? Está todo mundo de dieta, melhor esquecer os pratos calóricos….. mas também pra que? É apenas uma vez por ano…..A gente mal se dá conta que esses pequenos detalhes nos dão a oportunidade de exercitar, atos, gestos e pensamentos muito mais nobres do que imaginamos.
Gratidão
Cada vez que saimos e nos esprememos nas calçadas ou corredores de shoppings atrás de um presente para alguém, estamos querendo demonstrar a nossa gratidão. Somos gratos aos que nos são próximos e dessa mesma forma, gostaríamos de oferecer nem que fosse uma lembrancinha, um cartão, um telefonema que seja, para aquela pessoa que ficou do nosso lado neste ano. Pode não ter sido a toda hora, mas sem dúvida, nos momentos importantes. E agradecer é uma forma de reconhecimento. As vezes nos sentimos atados e impossibilitados de retribuir uma atitude generosa de alguém. Mas não podemos deixar de ao menos reconhecer. Quantas pessoas ao longo do ano nos ajudam? Quantas estão próximas e quantas possivelmente nem veremos mais?
Paciência
Outro exercício que fazemos no fim de ano e que seu aprendizado bem que poderia nos servir ao longo do próximo ano é o da paciência. A mesma que temos ao entrarmos em uma longa fila, ao esperarmos pela mocinha que está toda atrapalhada atendendo 3 ao mesmo tempo, aquela quando procuramos uma vaga para estacionar, enfrentarmos o empurra-empurra pra que a nossa criança saia na foto com o Papai Noel, pra pegar o presente já embrulhado e algumas vezes até pra pegarmos o papel para embrulharmos o presente! Bem que essa paciência poderia permanecer conosco ao longo do próximo ano para que tenhamos tempo de ouvir crianças e idosos, por exemplo. Que tenhamos tempo pra dizer o quanto alguém é importante em nossa vida e que esse alguém de preferência não seja somente aquele imaginamos ser o príncipe encantado, porque isso é fácil! Que tenhamos paciência para acompanhar alguém que precise a uma consulta médica. E quando fizermos isso, que seja de coração sem ficar a todo tempo olhando para o relógio. Que a gente consiga entender que os ritmos são diferentes em cada uma das fases de nossa vida. Que a gente consiga esperar pelo “tempo” das coisas e não passar por ele atropelando seja lá o que for.
Saber relevar
Quando decidimos negociar onde passar o Natal, abrimos mão do peru pelo chester, decidimos convidar a tal fulana da encrenca do ano passado, estamos na verdade relevando. Abrindo mão do nosso gosto em favor de agradar a outra pessoa. Isso também deveria permanecer ao longo de 2010. Quantas vezes somos estupidamente egoístas e deixamos de ser generosos? Em atitudes até mesmo banais como deixar um pedestre atravessar a rua em um dia de chuva quando estamos abrigrados dentro de um carro, dar a sua vez para uma gestante na fila do banco, entender que aquela pessoa disse aquilo em um momento de raiva, que não foi de coração e também nesta hora relevar. Aprender que ser uma pessoa boa não quer dizer ser uma pessoa boba.
Generosidade
Que esta generosidade que nos faz arrumarmos o guarda-roupa ou a caixa de brinquedo e doar aquilo que não nos será mais útil permaneça também no próximo ano. Generosidade com o outro independente de crença e raça afinal somos da mesma: raça humana. Respeito pelo gostar e querer do outro quando completamente diferente do nosso. Afinal gostar de quem compartilha dos mesmos gostos e ideais é fácil. Exercício é aprender a respeitar posições diferentes.
O Espírito de Natal
Talvez esse treinamento pelo qual passamos durante essa maratona de exercícios até o dia 2 de janeiro seja parte do “espírito do Natal”. Bem….. talvez tenha um dedo de Jesus nisso tudo tentando novamente nos mostrar o caminho. E que ELE possa ficar conosco inclusive, em todos os outros momentos de 2010. Feliz Natal!
Fabiana Lucato
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Gostoso é cinema com pipoca quentinha!
- Mas quem disse que fazer academia é gostoso? Perguntei. Bom é ir para o cinema e comer pipoca quentinha, comer bolinho de chuva na casa da mãe, um pastel sequinho da feira, pizza de domingo a noite. Fazer ginástica é necessário, não exatamente “gostoso”. Como é escovar os dentes, lavar a mão antes das refeições, ler Machado de Assis antes do vestibular (esse aí as vezes a gente pula e só vai entender a riqueza que é 20 anos mais tarde). Da mesma maneira que a gente tem tempo pra comer as (pelo menos) 3 refeições diárias, temos que arrumar um tempinho para nos exercitar. Fazer alguma coisa, se não que nos dê prazer, que nos incomode menos. E também não cair na tentação de achar que vai virar atleta ou capa da Boa Forma em uma semana, se matar nas primeiras aulas e desistir depois. Exatamente como escovar os dentes. Um pouquinho, bem feito, todos os dias.
Nos meus 18 anos de bailarina clássica, me espantava ver Ana Botafogo, Nureyev, Mikhail Baryshnikov dançando com a leveza de pluma, semblantes tranqüilos a cada salto e sorrisos ao final das piruetas. Até hoje, quando chego na academia e a garota da esteira ao lado está correndo há mais de meia hora e parece nem se cansar, fico arrepiada. Imagino que como Nureyev ela também não se canse. Pior, é que rapidamente descubro que a velocista é casada como eu, tem filho como eu, trabalha como eu, faz dieta como eu, é normalíssima como eu e para meu espanto, ela se cansa como eu. Mas está mais acostumada, faz isso há mais tempo.
Um dia ainda consigo arrastar essa amiga pra academia comigo. E se não for pela saúde ou para perder peso, quem sabe para que a gente possa, longe do trabalho, das crianças, do tumulto do dia-a-dia, fazer o que realmente a gente gosta: bater-papo.
Fabiana Lucato
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Padre Alquermes
Era véspera de Natal, honestamente já nem me lembro de que ano, talvez 2007.Subi até a Catedral para que o Padre Alquermes pudesse me orientar, afinal,parecia que o tema já havia se esgotado. Era tanto sobre presentes, papaiNoel, reuniões de família e tão pouco sobre a essência da festa, Jesus. Opadre me recebeu, contei meu drama de todo ano procurar o novo e para minhasurpresa ele encontrou o tema diferente que eu precisava. ³Você escreve oJornal da Mulher. Que tal escrever sobre a participação feminina na vida deJesus?". A partir daí o que veio a seguir foi uma aula de história, fé ereligião que na época procurei traduzir aos leitores. No fim da entrevista,depois de quase uma hora, o padre ainda fez questão de me mostrarpessoalmente as melhorias que vinha fazendo na igreja. Enquanto caminhávamosda secretaria até a porta principal da Nossa Senhora das Dores, fui contandoque quando jovem fazia parte do coral tocando violão, depois do³Encontrinho² de jovens. Foi lá que fiz o curso de noivos. O que eu nãocontei é que me afastei de lá porque havia visto um outro padre, colocandopra fora com extrema grosseria um bêbado que havia entrado na igreja aprocura de água. Ainda enquanto conversávamos, reparei em algumas caixas comalimentos. O padre me contou que tudo aquilo era doação. Os fiéis doavampara a igreja que repassava aos mais necessitados. Mais pessoas como eu nãosabiam disso. Quando chegamos na frente da igreja, os olhos do padrepareciam de criança, tanto que brilhavam. ³Olha só que beleza ficou essapintura² me disse, contando sobre o artista e todas as outras pessoas queestavam envolvidas na restauração.
No domingo seguinte eu voltei aos bancos da Catedral, de onde confessoenvergonhada, havia me afastado. Igreja lotada como há tempo eu não via. Saíde lá dessa vez assim como em todas as demais vezes, mais leve, com umasensação de paz na alma e amor no coração.
Fui confessar, depois disso. O padre novamente me acolheu dizendo que muitasvezes pecamos mais por omissão que pelas nossas ações. E é exatamente poreste motivo que escrevo agora. Não poderia deixar de declarar minha tristezaem pensar na possibilidade de ver partir um ser humano de paz, agregador, deolhos brilhantes por conservar a casa do Senhor. E de imaginar com receio oque será daqueles mesmos bancos da igreja daqui para frente. Onde quer queesteja e pelo motivo que for o Padre Alquermes tem minha admiração, minhagratidão e meu mais profundo respeito .
Fabiana Lucato Zuin
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Vontade de mudar de história
Dia desses ouvi o comentário de uma amiga que me dizia que gostaria, se a vida fosse um livro, dar uma espiadela lá na frente, na última página para ver como sua história terminaria. Naquele dia, ela estava realmente entediada. A queixa em especial nem era a de sempre, sobre a rotina “trabalho – casa – marido – filhos – dieta”. Era que tinha que conviver com um mesmo problema que a assombrava de tempos em tempos e com o qual nunca conseguiu lidar: a maldade das pessoas. Na hora que ouvi isso, confesso que ri.
Esperava tudo, menos o que acabava de ouvir. Afinal ela é linda, bem sucedida, bem casada, de uma simpatia contagiante, dois filhos incríveis, dedicada, interessada em ajudar as pessoas, tem um ciclo de amigos queridos, afinal, quem faria alguma maldade contra uma pessoa desse tipo? Na hora, ela me respondeu. “Gente invejosa, daquelas que vivem se comparando com a gente, não querem saber da nossa luta diária nem do preço alto que pagamos, só consideram os benefícios que recebemos como se na nossa vida, tudo fosse fácil e caísse do céu”.
Ora...... Inveja existe desde que o mundo é mundo. Caim e Abel, Deus e o diabo e não tem nada mais eficiente contra isso que a velha receita caseira do não dar importância. Considerei que ela não poderia resolver um problema que a meu ver nem era seu. “Se alguém é maldoso, ou tem inveja, o problema é da pobre dessa pessoa”. Mas de nada adiantou minha argumentação. Ela me dizia que gostaria de “mudar de história”, viver uma outra coisa. Estava realmente farta, indignada! Continuei argumentando que se ela mudasse de história, só teria mais um problema que era o de ter que aprender a conviver com outros tipos de problemas, novas maldades, outros invejosos. Os que ela convivia há anos, já sabia como agir.
Mas será que a gente sabe mesmo como agir? Será que a gente não reclama dos mesmos problemas justamente por agirmos da mesma forma sempre?Diferente do livro, que ela gostaria de espiar o final, a vida não é uma obra fechada. A vida, é um blog, aberto para novas postagens e considerações. Não dá para ler a última linha do blog porque ele é virtual, não tem fim a não ser na hora que a gente não mais se empenhar para escrever nele.
omo a obra é aberta, cabe a cada um de nós, ter criatividade para superar os velhos problemas sob o risco de termos que passar toda a nossa vida reclamando deles. Escrever o blog de nossa vida com outros trechos, parágrafos, virgulas e aprender a dar um ponto final nos assuntos que já se bastaram.
Fabiana Lucato
terça-feira, 13 de outubro de 2009
3 mergulhos para se casar
Diz a lenda que as lagoas de Pirambu no Sergipe são encantadas. A de água escura seria boa para quem quer se casar. Bastariam três mergulhos e a pretendente já poderia se preparar para a chegada do noivo.
Curiosa essa mentalidade que ainda insiste em fazer parte da cultura brasileira, a do “ter que se casar”. Colocar o casamento como objetivo e meta para a felicidade é no mínimo inverter a ordem lógica das coisas. Não é preciso se casar para ser feliz e sim ao contrário. É preciso ser feliz para poder se casar! Ser feliz ao lado de um companheiro onde os dois se respeitem, se façam felizes e juntos tenham como objetivo construir uma família. Saber que os problemas existirão mas que juntos poderão superá-los e que o amor se fortalecerá a cada dia.Casar é ótimo.
Constituir uma família, melhor ainda, não se tem dúvida disso, porém é preciso escolher alguém que valha a pena. Não sair por aí mergulhando em lagoa e depois disso dizer sim para o primeiro pedido que aparecer.
Até o companheiro certo aparecer, que tal parar de procurar por príncipes e de sonhar com histórias de amor românticas? Que tal olhar para os lados e prestar atenção naquele homem tímido, que você quase nem dá bom dia direito mas que no fundo é apaixonado por você? Que tal olhar pra ele com outros olhos? Melhor ainda, que tal procurar em outros lugares? Dizer sim a outros convites e procurar se abrir para novas possibilidades?
E se não acontecer, ser solteira, sim, por que não? Ver o filme que quiser na televisão, sair sem dar satisfação a ninguém, voltar na hora que quiser, almoçar e jantar na hora que tiver vontade, viajar com os amigos, ou sem eles, sozinha, qual o problema? Como tudo na vida, as situações apresentam sempre aspectos positivos e negativos. Cabe a cada uma de nós escolher que lado enxergar.
Se quiser ir para Sergipe, faça as malas porque o local é lindo como todo nordeste brasileiro. A lagoa é encantadora. Se for preciso, pra se sentir menos culpada de viajar sozinha, use até a desculpa que vai para lá mergulhar na tal lagoa. E quem sabe na viagem até lá..............
Fabiana Lucatosexta-feira, 9 de outubro de 2009
Sobre os nossos baixinhos!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Orgânicos X Hidropônicos X Convencionais

Escolher frutas, verduras e legumes parecia não ter muito segredo. A dona de casa atenta analisava a qualidade dos produtos, comparava preços e quando possível preferia adquirir os chamados de época. Sabia de cor que em junho ou julho estavam os melhores morangos, que fim de ano era temporada das frutas docinhas como pêra, pêssegos, ameixas e com mais habilidade já previa, só de saber se havia chovido muito ou pouco, como deveria encontrar as verduras que estariam a disposição nas feiras, mercados ou varejões. De um tempo pra cá porém, graças ao desenvolvimento e às novas técnicas agrícolas do setor, já é possível encontrar frutas, verduras e legumes praticamente o ano todo. Mas com o desenvolvimento veio também um problema: a nomenclatura. Alimentos orgânicos, hidropônicos e convencionais disputam em um mesmo espaço a preferência do consumidor. Para o paladar e preparo das receitas, a diferença é quase imperceptível. Mas afinal no que eles se diferem? Algum é mais saudável? Como escolher?O nutricionista Diego Soares do Varejão Oba esclarece para a reportagem do Jornal da Mulher a diferença entre os produtos que normalmente encontramos nas prateleiras:
Alimento Orgânico é um alimento isento de substâncias nocivas a saúde,dentro de um sistema produtivo que preserva o ambiente natural, esteproduto contribui para uma melhor qualidade de vida.
Hidropônico é um alimento gerado sem a presença do solo e sempre em ambiente protegido, ou seja, em estufa, cultivado sobre suportes artificiais, em água, recebesoluções químicas para nutrição e tratamento de eventuais doenças.
De acordo com o nutricionista seria melhor para a saúde optar pelos alimentos orgânicos justamente porque eles são produtos gerados em ambientes naturais. “Na prateleira é muito difícil identificar quais dos alimentos que são, sabendo mesmo só pela forma de identificação com etiqueta, seus valores são os mesmo não há diferença nos valores nutricionais”, completa.
Mitos e Verdades
JM – Os legumes que já veem cortados, normalmente em bandeijinhas de isopor perdem as vitaminas?Diego Soares : Nada como consumir alimentos frescos! Eles cortados perdem pouca vitamina, mas sua cor é alterada por causa da oxidação com o ar.
JM- Qual a maneira correta para se congelar os legumes sem perder os nutrientes?Diego Soares : Se preferir conservar os alimentos, congele em poucas quantidades e depreferência a vácuo, para manter suas originilibilidade na cor e no sabor.
JM- Dizem que as folhas verdes devem ser cortadas com facas especiais (sem metal) isso é verdade?Diego Soares: Não ! Cortar as folhas com facas especiais é papo de vendedor de facas...(risos)
JM – Batata e cebola precisam ficar na geladeira ou podem ficar pra fora?Diego Soares : Nenhum alimento como a batata e a cebola precisam na geladeira, desde queeles tenha sua capa protetora(casca). Depois de retirado, ai sim, conservar em geladeira porque foi tirado sua proteção.
JM – Quais os principais erros que a dona de casa deve evitar na hora de cozinhar os legumes?Diego Soares : Erros freqüentes na utilização de alimentos é na hora do cozimento, cozinhar demais e com muita água , faz com que as vitaminas se percam na água, por isso oaconselhamento de cozimento a vapor, para minimizar a perca das vitaminas.
Prefira os produtos da estação!
Produtos de hortifruti que estão em safra possuem melhor qualidade, tendência de preços mais baixos, são mais frescos e saborosos. Em setembro, os alimentos que estão em alta são:
Laranja
É rica em vitamina C, nutriente essencial para evitar gripes e resfriados. Seu consumo deve ser diário, para que o organismo crie resistência suficiente. A vitamina C beneficia, também, o sangue, pois favorece a absorção de ferro, cálcio e outros minerais. E é essencial, ainda, para a formação de ossos e dentes.
Maçã
Com alto valor em vitaminas do complexo B e C, potássio e fibras, a maçã possui ação protetora em toda a mucosa digestiva e é capaz de regularizar desarranjos intestinais. A casca da fruta também é importante para a saúde: é altamente digestiva e rica em fibras solúveis, que ajudam a combater o colesterol.
Morango
É uma das frutas mais ricas em vitamina C e polifenois, que ajuda no combate aos radicais livres. Influencia na formação e resistência dos ossos, dentes e tecidos. Seus nutrientes favorecem a cicatrização de ferimentos, auxilia no tratamento de gota e reumatismo e é muito eficiente contra infecções do fígado, garganta e sistema urinário. Por corter grande quantidade de pectina e outras fibras solúveis, o morando ajuda a reduzir o colesterol.
Fabiana Lucato